sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Impressão Digital

Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!

António Gedeão
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O carácter humano, de humano tem muito pouco...
E quando assim é, mais palavras para quê??

5 comentários:

Rony disse...

Adoro a poesia de António Gedeão.
E quando fomos para o barril ler poemas dele?

Cada pessoa tem uma maneira própria e única de encarar a realidade, na verdade não temos um mundo, temos um mundo vezes o número de pessoas que nele habitam.

Teresa disse...

Sp k leio este poema dou por mim a perguntar pk será k certas pessoas vibram com a infelicidade dos outros... Há kem se orgulhe de ser mau, eu já fui assim. Mas cresci. ;P

Rony disse...

És escorpião! Não era culpa tua, era mais forte do que tu.

Mas o importante é crescer, e tu tás bem crescida madrinha;)

Carla disse...

Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa, de lambreta.

Nunca li muito do Gedeão, mas este verso ficou na memória :-)

E já agora essas idas ao Barril eram com ou sem Baileys??? Lol

Teresa disse...

António Gedeão é o meu poeta preferido, escreve sem rodeios, sem muita mariquice. Por essas e por outras fartei-me de Florbela Espanca. Há mais assuntos para além do amor, e do irmão, e do "coitadinha de mim, o k é k havia de me acontecer..." Ah, sem Baileys, senão ainda líamos tipo: "Eu é k sou o prelesidente da junta..."