domingo, 19 de outubro de 2008

C.S.I. Cuba sob Investigação

Antes de dar início ao meu conto "picante" devo acrescentar que é uma história fictícia, saída directamente da minha cabeça para o papel, e passada a limpo no blog. Deixei vir ao de cima a minha veia de romancista de livros de quiosque, estilo Bianca, Sabrina e etc e tal. Esta é também uma homenagem aos contos de antigamente, às noitadas de antigamente, com a minha amiga de antigamente e de sempre. Aqui vai, o mais picante que se pôde arranjar:
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Naquela noite, ela estava particularmente bonita, não exagero se disser que estava deslumbrante. Ao entrar na sala, não houve uma só pessoa que não reparasse no brilho cintilante que transportava. Mas na sua cabeça pairava apenas uma pergunta: "Será que ele vem?" De repente, sentiu alguém a aproximar-se; virou-se e viu chegar a sua amiga, que assim como ela, tinha desviado bastantes olhares na sua direcção.
-Estás por demais, amiga! UAU!!-diz a primeira.
-Tu também! Mas diz-me, os nossos alvos já chegaram?
-Alvos?? Eu é que estou a sentir-me um alvo, estou super nervosa. Será que eles vêm? Será que ELE vem??
-Calma, sua galinha! Claro que vêm, estamos cá nós, não estamos? Isso é suficiente...
Misturaram-se com o resto dos convidados para não atrair mais atenções, porque tinham que manter o disfarce até descobrirem quem eram, realmente, aqueles dois homens que andavam a investigar desde que tinham chegado a Cuba.
A ideia de meter o nariz em tudo (principalmente nos casos mais bicudos) tinha surgido por puro divertimente, mas hoje em dia faziam-no a sério, desencantando grandes fortunas em cada caso resolvido. Estes dois homens eram suspeitos de fraude fiscal, e assim que elas conseguissem as provas que faltavam para a resolução do caso, iam receber uma pipa de massa pela recompensa da captura.
Mas esta investigação corria o risco de dar para o torto, uma vez que uma delas, a primeira, tinha ficado pelo beicinho por um dos "alvos". E quando eles chegaram à sala, minutos depois, a primeira agarrou-se à outra e berra-lhe ao ouvido, histérica:
-Não sei se esta investigação chega ao fim sem me jogar a ele!!
-Ouve bem, joga-te a ele quando acabarmos, agora CONCENTRA-TE!
-Ok, ok, mas se eu não conseguir conter-me, tu agarra-me!!
-Olha, eu vou beber qualquer coisa, e tu devias vir também, precisas de algo gelado para arrefeceres as ideias...
Mas a primeira não foi, ficou ali encostada à parede, a controlar. E a segunda dirigiu-se até ao bar no intuito de emborcar uma Cuba Libre, enquanto um dos "alvos" a seguia com o olhar penetrante e posteriormente com as pernas musculadas de macho latino.
-Usted está mui guapa! Quieres bailar??
-Yo? No sié dianciar mui bien! Si calhar es mejor não!-respondeu a segunda com um péssimo sotaque espanhol.
-Entonces puedo pagar-te una bebida?
-Ah! Por supuesto! Puedié sier outria Cuba Librié! Gracias.
E enquanto saboreava a sua Cuba Libre, olhava sorrateiramente para o seu "alvo" de alto a baixo, e lembrava-se das palavras da amiga, concordando intimamente que talvez não conseguisse acabar a investigação sem por as manápulas naquele peito musculado e peludo, só para ter a certeza que era mesmo real.
Entretanto, de volta à sala, a primeira continuava encostada à parede, olhos cravados no seu "alvo", com o coração a querer sair-lhe do peito, as unhas a espetarem-se-lhe pelas mãos adentro, uma autêntica bomba relógio. Respirou fundo, recompôs-se e saíu da sala. O "alvo" foi atrás dela. Subiu até ao último andar do hotel, dirigiu-se à varanda, onde pode ver um céu coberto de estrelas, sem uma nuvem sequer. Apesar das noites cálidas cubanas sentiu um arrepio na espinha. Frio? Ou um vislumbre do que estava para acontecer ali, no último andar daquele hotel, no coração de Varadero?
Antes de se virar, já sabia que ele estava ali, a escassos milímetros de distância. E cedendo a uma paixão que fervilhava dentro de si, deixou-se levar. Beijaram-se apaixonadamente, enquanto rebolavam naquele chão vermelho e quente da varanda. Quando ele tentou algo mais (tirar-lhe o vestido à dentada, para ser exacta), ela teve uma epifania e disse:
-NÃO!!
-Não? Porque não?
-Porque...porque...porque eu sou...sou...
-Tu és...o quê?
-Eu...sou virgem!?!
-És o quê??
-É isso! Sou virgem, quase por estrear!É verdade, ando a guardar-me para o casamento, desculpa lá!
-Virgem? Tu?
-O que foi? Não acreditas??
-Não!!
-Ah!! Nunca fui tão insultada na minha vida! Estúpido! Vou-me embora, adeus.
E foi. Deixando-o ali, sozinho e abananado, a precisar de um banho de água fria. Desceu as escadas a correr, quase aos trambolhões, e ainda mal acreditava no que acabara de fazer. No fundo, estava orgulhosa de si mesma, por ter resistido, mas teriam que abortar a investigação naquele momento e voar de Varadero o mais rápido possível.
Entrou na sala ofegante, à procura da amiga, que dançava com o outro "alvo", enquanto este lhe massacrava os pés pela enésima vez. Correu até ela, e sem dizer uma palavra, puxou-a por um braço até ao hall de entrada do hotel.
-Vamos embora, JÁ! A missão falhou.
A segunda não precisou de ouvir mais nada, mas o raspanete ficava guardado para quando estivessem em segurança.
Já no helicóptero, com as orelhas a arder de tanto ouvir o dito raspanete, olhou, uma última vez para a varanda do hotel onde havia estado há uma hora atrás. Pode não ser hoje, pode não ser amanhã, mas algum dia será...

8 comentários:

Estou de Dieta disse...

Que se lixe a missão.... lollll

Ianita disse...

Divertido :)

Rony disse...

Tive uns quantos "déjà vu" ;)

Aquela desculpa na hora H é realmente uma das nossas pérolas. LOL

Teresa disse...

Pois é, e foi a partir dessa ideia k escrevi o resto da história...sim... porque eu sou...virgem!!!!!!!!loooooll

Carla disse...

CSI Cuba, Lol... podias continuar a escrever que os csi são uma das minhas perdições!
Cá me cheira que o próximo capítulo não terminaria da mesma maneira ;)

Carla disse...

Ahah, descobri porque õs meninos não agradaram à Teresa: falta lá o Pierce!

E ainda aposto que era ele o bandido de Cuba...

Carla disse...

Alguém viu o filme "O segredo dos punhais voadores"? Achei soberbo... agora é que percebi de onde conhecia o moçoilo da primeira fila (é que não era só o argumento que era soberbo...) Eh!Eh!

Teresa disse...

Tens razão, Carla, na próxima história a gaja já não era virgem, de certeza!!!lol Quanto a esse filme nem o nome conhecia, não tenho ligado mt a cinema ultimamente...