sexta-feira, 2 de maio de 2008

Gabriel...

O meu 1º de Maio foi feito de dolce fare niente. Fui ao mercado, comprei fruta fresca, não comi as favas que a minha mãe cozinhou para o almoço e fui até à praia beber café (ou chá, porque de facto eu não bebo café).

Há muito tempo que não conseguia ver um filme, mas ontem decidi ver o "Amor nos tempos da cólera". Era para ir vê-lo com a Andreia, como prenda de aniversário, mas ela adiantou-se e já o foi ver, portanto...

Não sou uma pessoa dada a autores. Mas de Gabriel Garcia Marquéz gosto muito. Não li tudo (ainda!), mas gostei de tudo o que li. "Amor nos tempos da Cólera" não é o meu livro preferido dele, mas estava com muita curiosidade de ver o filme.

A Andreia não gostou. Acho que haverá muita gente a não gostar, inclusivamente do livro. Um livro que fala de nada. Não fala do Iraque, nem dos EUA, nem mesmo da guerrilha e dos carteis colombianos como outros livros do autor. Fala de vida, de morte, de amor.

Não fala daquele amor romântico dos folhetins, nem daquele com que todos fantasiamos. Fala de um amor que é doença, que é loucura, amor que mata, amor que dura uma vida toda. O amor como a cólera, ou apesar da cólera talvez...

Aconselho a verem. Com a consciência de que não fala de nada e que é um filme longo. Mas com a extraordinária performance do Javier Bardem que representa o Florentino, o homem que não é homem, o homem que sem amor não passa de um fantasma. De salientar ainda o Benjamin Pratt... por tudo e por nada. Lindo!

Espero que consigam ir ver, nem que seja para me virem dizer que eu não tenho razão! :)

7 comentários:

Rony disse...

Não sou fã do Gabriel, li dois livros dele que gostei e fiquei a meio de um que achei intragável... Talvez veja o filme, mais por causa do actor :)

Ianita disse...

Para não pores de parte o meu Gaby, aconselho "Do Amor e outros demónios" ou, de um estilo diferente, "Notícias de um sequestro". O "Cem anos de solidão" é brutal, mas temos de estar para lá virados para encarrilharmos naquilo. Mas é de génio. Além disso, há sempre alguém que sabe latim nos livros dele!!
E no que diz respeito ao filme, eu empresto. :)

Teresa disse...

Eu tb não sou gd fã, li os "12 Contos Peregrinos" e nunca acabei de ler "100 Anos de Solidão". A propósito do 1º de Maio, aqui passou o dia a chover e com um nevoeiro cerradíssimo, o k não nos impediu de sair de casa (para andarmos por aí sem ver um palmo à frente do nariz), evocês perguntam: pq é k saíram de casa?? Porquê?? Querem saber? Pq tivémos a infeliz ideia de ver o filme "Into the wild", odiámos e ficámos deprimidos (os 2 em simultâneo), e lá fomos espairecer a cabeça. Além disso estamos FARTOS deste tempo, nem dá para ir à pesca, não dá para nada, só para andar aí de carro à procura do D. Sebastião - com o nevoeiro de ontem podia jurar k ele ia mesmo aparecer desta vez!!!!!

Rony disse...

Ó D. Sebastião volta que estás aperdoado!!!

Azoreano Náufrago disse...

E vimos uma vaca muito muito ranhosa!

Ianita disse...

Aqui para os lados da Pocariça está muito calor oq ue faz adivinhar um fim-de-semana em grande. Talvez seja amanhã que me vou estrear na praia! :)

Ianita disse...

Brutal! Ainda não tinha visto que a minha boneca do tempo está de fato-de-banho! :) Amanhã...